Descrédito

Um dia após a manifestação de amigos, familiares, colegas de profissão de Rodrigo Neto, para marcar os 100 dias da execução do repórter, a conclusão é que as instituições responsáveis (?) pela apuração estão no descrédito. 

Uma centena de dias se passou e ainda se pergunta: “Quem matou Rodrigo Neto?”.

O silêncio “para não atrapalhar as investigações”, tem soado com outro significando semântico: impunidade.

O colega radialista Edmar Moreira sentenciou: “A nossa comunidade está frustrada com o andamento das investigações sobre a morte do Rodrigo, como já vinha se frustrando com a impunidade de chacinas em série ao longo de vários anos de barbárie (que ele denunciava)”.

“Que criminosos poderosos são esses que desafiam as autoridades municipais, estaduais, nacionais e internacionais que se manifestaram de acordo com a repercussão dos assassinatos do Rodrigo e do Carvalho?”, indaga Edmar.
Foto: Wôlmer Ezequiel - manifestação simbólica dos 100 dias da morte de Rodrigo Neto, na avenida Selim José de Sales, bairro Canaã em Ipatinga, na terça-feira, 11 de junho de 2013
Outro leitor, Thomazo, é ainda mais incisivo: “É preciso lembrar das prisões feitas pela tal "força-tarefa". Há um entendimento entre os policiais que todas não passaram de um fogo de palha, no desespero do Governo Anastasia em tentar abafar a cobrança pela morte do Rodrigo Neto e do Carvalho, que vinha até do exterior. O governo precisa admitir que não teve competência para apurar o caso e chamar logo a Polícia Federal. E mais, estes policiais são, no mínimo "bodes expiatórios" neste caso do repórter e do fotógrafo. Se são culpados por crimes do passado, por que a PC ainda não os tinha punido???? Prenderam só para um cala boca, uma resposta mal dada para a sociedade???”.

É assim mesmo, entre interrogações repetidas que a população acompanha, desacreditada, as apurações sobre o caso, cujos bastidores apontam para a ocorrência de um crime premeditadamente calculado, afrontoso à lei e à dignidade humana. 

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