Feito muares, eles zurram no trânsito

Inicialmente pensei que somente eu me incomodasse com isso. Trafegar por uma via em que motoristas não sinalizam com a seta as conversões à esquerda ou à direita é um tormento, para quem vem atrás (se em outro carro, bicicleta ou motocicleta), para vai no sentido contrário e até para os pedestres.

Nesta terça-feira, voltava do bairro Bethânia bem cedo, e parecia que a chuva fez com que alguns motoristas de Ipatinga se esquecessem que, inevitavelmente do lado esquerdo do volante tem uma alavanca de seta, que deve ser usada imprescindivelmente quando se quer convergir à direita ou à esquerda da via.

Não dar seta para conversão debaixo de chuva é pura falta de cidadania, uma sacanagem chula. Haja distância. E também tem uma turma que parece ter se esquecido do significado de semáforo com a luz vermelha acesa.

Isso vale para o semáforo da avenida Zita de Oliveira com a avenida Macapá Centro/Veneza. Será o que anda a ocorrer com alguns dos condutores? Querem estimular a falta dos radares e, com ele, a inevitável indústria da multa?

E no fim do dia comecei a compreender que a situação é ainda mais grave. Tem motorista que não sabe usar a seta. No melhor estilo "oncotô, oncovô", o motorista de uma dessas picapes utilitárias, uma Fiat Strada, talvez, trafegava à minha frente na avenida Colatina, bairro Caravelas, sentido ao bairro Veneza II.

No meio da viagem deu seta para convergir à esquerda. Pensei que entraria para o bairro Caravelas, e, logicamente, reduzi a velocidade. Sorte minha, pois mesmo com a seta da esquerda ligada o sujeito convergiu mesmo foi para a esquerda, entrando para a BR-381.
Mais um dia de acidente, trânsito parado, cinco carros parcialmente destruídos debaixo de chuva. Faltou atenção e distância pelo motorista de uma van, cheia de estudantes
Em resposta a vários amigos que comentaram no Facebook sobre um post meu a respeito da desordem na sinalização dos veículos no trânsito, lembrei que na segunda-feira, às 12h20 uma mulher empurrando um carrinho de bebê sobre uma faixa de pedestres quase foi atropelada por um motoqueiro em frente ao Diário do Aço.

O motoqueiro ainda deu um grito tipo "iiiiihhuuuuuu", que também poderia ser interpretado por um relincho ou zurro, com todo perdão dos cavalos e burros, que são animais maravilhosos.

Para fechar, na segunda-feira caminhava pela rua Altina Gonçalves em direção a avenida Brasil, quando uma picape D-20, caindo aos pedaços fez a conversão para a Atina. Ao fazê-lo, a porta do lado do carona abriu-se repentinamente com o carro em movimento. Ao terminar a conversão a porta fechou, mas não trancou e abria e fechava com o carro em movimento. O motorista só parou uns 200 metros adiante, já em frente a escola Maria Rodrigues Barnabé, para amarrar a porta.

Em resumo, só um batalhão de anjos para nos salvar no trânsito. 

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