Acho é bom

Quem já sofreu em uma fila de unidade pública de saúde, e foi o 11º atendimento em um dia em que só havia 10 fichas, deve ter uma opinião bem diferente das entidades representativa dos médicos nessa discussão sobre os profissionais cubanos. 

Você já encontrou alguém que foi consultar e o "doutor" não quis ouvir suas explicações sobre o que sentia? Eu já. Morro de rir quando leio a notícia abaixo:

"Recebidos com pão de queijo, doce de leite e cachaça"

Um grupo de 26 médicos cubanos, que irá trabalhar no programa do governo federal Mais Médicos já chegou a Minas Gerais.

Um total de 24 destes 26 profissionais desembargou domingo e foi recepcionado por cerca de 50 pessoas, que levaram bandeiras de Cuba, alem de darem como presentes alguns produtos típicos mineiros, como o queijo, doce de leite e cachaça.

Quando os médicos pisaram no saguão do aeroporto da Pampulha, ouviram dos mineiros um velho sucesso musical cubano: Guantanamera.

Os profissionais vindos de cuba farão uma semana de integração com o sistema de público de saúde de Minas Gerais para depois serem enviados para postos de saúde dos municípios das regiões metropolitanas, de Belo Horizonte, do Vale do Aço, Norte de Minas e Vale do Mucuri.

O Secretário Nacional de Saúde, Helvécio Magalhães, disse ontem em entrevista à imprensa em Belo Horizonte, que a partir da semana que vem os médicos passam a atender nas cidades mineiras.

“Eles vão integrar, inicialmente, 24 equipes do Programa de Saúde da Família, que estão sem médicos. Essa é uma primeira etapa, nós vamos ter muito mais. Vamos manter esse caminho até termos médicos em todos os municípios mineiros”, enfatizou o secretário em entrevista ao repórter Renato Rios Neto, da Rede Itatiaia.

Sobre a resistência do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, sobre a vinda dos médicos cubanos, Helvécio Magalhães disse que tem conversado com médicos e médicas brasileiros que estão no Sistema Único de Saúde e essa resistência não existe por parte dos médicos brasileiros como um todo.

“Suas lideranças, infelizmente, estão dissociadas do pensamento do médico do SUS. Esses profissionais vêm ajudar aos médicos brasileiros, dividir a carga de trabalho que está muito pesada. É uma oportunidade para compartilhar conhecimentos. Eles vêm ensinar e vem aprender também”, afirmou.
   
Entre as médicas cubanas, Natasha Romero Sanchez, afirmou que tem boa expectativa do trabalho em Minas Gerais. “Estou muito feliz. O povo brasileiro é muito solidário, muito humano”.

Questionada sobre a afirmação de que os médicos cubanos fazem um trabalho escravo, Natasha afirmou que os profissionais cubanos foram formados para ajudar a pessoas. E não se assustou quando questionada sobre as más condições dos postos de saúde. “Não tenho nenhuma preocupação em relação a isso. Eu confio plenamente na Secretaria de Saúde, que nos atenderá”, disse.


Outra médica, Luiza Balbina Cruz, foi além. Disse que os médicos cubanos querem ajudar a todos os povos que precisarem. “Somos missionários da saúde”, afirmou a médica que foi designada para trabalhar em São João das Missões, que fica no extremo norte de Minas.  
Foto: Osvaldo Ramos / O Tempo - Médicos são recebidos com festa em Belo Horizonte

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