O Brasil está na posição 72 entre 177 países e territórios que
tiveram medida a percepção da corrupção. O Corruption Perceptions Index 2013 serve como
um lembrete de que o abuso de poder, negociações secretas e suborno continuam a
devastar sociedades ao redor do mundo.
O estudo é divulgado pela organização não governamental
Transparency International – uma coalizão global contra a corrupção.
As pontuações do índice abrangem 177 países e territórios em
uma escala de 0 (muito corrupto) a 100 (muito limpo).
Nenhum país tem um resultado perfeito, e dois terços dos
países têm pontuação abaixo de 50. Isso indica um grave, problema de corrupção
em todo o mundo.
O Brasil alcançou 42 pontos, o que coloca o país como o 72º
mais corrupto no mundo. Dinamarca e Nova Zelândia estão entre os dois menos
corruptos, ambas com pontuação 91, a melhor de toda a pesquisa. Depois vêm
Finlândia e Suécia, ambas na terceira colocação e Noruega, em quinta. Já Sudão
do Sul, Sudão, Afeganistão, Coréia do Norte e Somália são os mais corruptos do
mundo, segundo o estudo.
A pesquisa conclui que o mundo precisa urgentemente de um
esforço renovado para combater a lavagem de dinheiro, limpar financiamento
político, buscar o retorno de bens roubados e construir instituições públicas
mais transparentes.
Epidemias no público e no privado
Curiosamente, esse estudo nos chega às mãos no momento em que
as pessoas, ainda boquiabertas, vê cair por terra um esquema mafioso de compra de vagas em
faculdades de medicina.
O esquema revelado pela Polícia Civil de Minas Gerais tinha
por finalidade assegurar que pessoas com dificuldades intelectuais passassem no vestibular e ingressassem nas instituições privadas subornando o sistema de
seleção com valores que variavam de R$ 30 mil a R$ 150. Negócio que envolve
gente poderosa, gente rica, obviamente.
Para quem acredita, ou costuma dizer que o setor público
brasileiro é o mais corrupto, esse escândalo que envolvente pessoas e
instituições renomadas de ensino superior de medicina em Minas Gerais e Rio de
Janeiro deve ser um soco no estômago.
É preciso lembrar que, mesmo no setor público, a
corrupção está intimamente ligada ao setor privado, que, de fato, é quem corrompe. E essa ação começa no financiamento de campanha eleitoral pelas
empreiteiras, empresas de consultoria, construtoras, prestadores de serviços e
até fornecedores de comida para as escolas.
É preciso inventar uma vacina contra a corrupção. Dizem que nos tempos antigos essa vacina era aplicada com generosas doses de vara de marmelo. Certamente ardia, mas certamente o caboclim, ainda na tenra idade, depois de avermelhar o rosto, tomava vergonha. Veja o estudo completo na página Transparência Internacional.
É preciso inventar uma vacina contra a corrupção. Dizem que nos tempos antigos essa vacina era aplicada com generosas doses de vara de marmelo. Certamente ardia, mas certamente o caboclim, ainda na tenra idade, depois de avermelhar o rosto, tomava vergonha. Veja o estudo completo na página Transparência Internacional.
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