Restrição à bestialidade humana

Os lugares de interesse histórico e turístico tratam de impor restrições a uma das maiores bestialidades humanas dos últimos tempos: o som automotivo de grande potência. 

Antes caros e de difícil acesso pela massa, os equipamentos sonoros capazes gerar um nível de poluição acima do que seria suportável pelos ouvidos humanos proliferaram feito mosquito da dengue nos últimos anos graças a um fator determinante: produtos chineses de baixo custo.

O fato consumado é que, raramente, se vê jovens em busca de um rumo na vida, seja com um curso técnico ou superior, envolvidos em ocorrência policial de perturbação do sossego alheio com som automotivo.

Em geral, jovens que adotam esse tipo de comportamento não costumam ser vistos carregando livros debaixo do braço. 

Eles são donos de carros já bem rodados, recauchutados, rebaixados, personalizados ou “tunados”. Têm instalados autofalantes potencializados com cornetas que geram um som quase sempre distorcido pelo excesso de volume. A trilha sonora típica ou é o funk ou a música baiana (axé ou arrocha). Não raro, o sertanejo universitário é a alternativa que aparece nessas aberrações. 

Foto: Alex Ferreira 09/01/2014 - Aviso na entrada da vila de Cumuruxatiba, Bahia, traz um aviso claro
Pois demorou muito para que os empreendedores da atividade turística, donos de restaurantes, bares, quiosques no litoral e outros estabelecimentos entendessem que a poluição sonora gerava perdas com o afastamento de clientes que não suportam o caos sonoro.
Foto: Alex Ferreira.
Motorista encontra, por vários postes a informação que, aqui, sua poluição sonora não é bem vinda 
Soube que, em 2012, o município de Serro, adotou uma lei para coibir a poluição sonora dos carros de som. O alvo principal é a proteção do distrito de Milho Verde, vila histórica cercada por belas cachoeiras e que até dois anos atrás enfrentava graves problemas com a baderna sonora pelas ruas. 

Recentemente, percebi no distrito de Cumuruxatiba, no município baiano de Prado, a mesma iniciativa. Sem poder esperar bom senso por parte de quem carece de educação, não restou alternativa senão adotar a dureza da lei.

Multa
Na esteira da intolerância com quem não tem educação, na capital paulista carros flagrados pela fiscalização com som alto em ruas, postos de abastecimento e calçadas já são multados em R$ 1.000 e podem ser guinchados, caso o motorista se recuse a abaixar o volume.

Além da multa, que será dobrada em caso de reincidência e poderá chegar a R$ 4.000, os motoristas podem ter o equipamento de som apreendido por fiscais.

Comentários

  1. Ahhhh, pó. Deixa galera divertir. Silêncio só no cemitery.

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