Eles enfeiam a paisagem
urbana com uma poluição visual horrível, não raro atrapalham a visão do fluxo
do trânsito, mas são legais. Os cavaletes com a indigerível propaganda
eleitoral estão de volta aos canteiros centrais das avenidas das cidades na
região.
Mas são legais. É uma coisa
do tipo “vão ter que engolir”. Pela legislação eleitoral, os candidatos,
partidos e coligações podem despejar esse material, mas retirá-los todos os
dias. A exposição é permitida das 6h às 22h até o dia 4 de outubro, véspera das
eleições gerais.
Em Ipatinga a foto dos
candidatos tucanos nos cavaletes que infestam a avenida Alberto Burle Marx (pelas
convicções políticas que tinha, ele deve se revirar no túmulo) é um show à
parte. Uma amiga comunicóloga, muito sensível e crítica foi enfática: “Prezado,
o Pimenta da Veiga tá igual a um boneco do museu de cera de NY. Exageraram no
photoshop”. Pior do que isso não tem.
Foto: Wellington Fred
Na
eleição geral de 2010 policiais militares tiveram que recolher propaganda irregular em Ipatinga
|
Mas há outros incômodos, sim.
A caixa de correspondência, inviolável, sempre fica abarrotada de panfletos,
jornaizinhos com os balanços dos candidatos à reeleição e santinhos. Já
providenciei uma sacola que fica ao lado da grade do portão. É para jogar ali,
o lixo que infesta a caixinha.
Na conta de email foi mais
fácil resolver. Já classifiquei como spam uns cinco candidatos ou apoiadores
que enviaram material com campanha eleitoral.
Não tenho candidato algum
para as próximas eleições. É preciso gastar uma parcela do nosso precioso
tempo, para assistir as entrevistas que vão surgir e, a partir da percepção do
que prometem, prometem e prometem, para tomar a decisão de escolher o menos
pior.
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