Uma vasculhada nas principais notícias do mundo, nesta sexta-feira, é de eixar qualquer um cabisbaixo. O trágico desabamento de um viaduto em construção, em Belo Horizonte, foi parar nos jornais de todos os cantões do mundo.
Vergonhosa situação. Antes mesmo da conclusão da perícia já arrumaram um culpado. "Foi erro de engenharia", sentenciou o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda.
E fomos lá procurar saber o que os engenheiros dizem do caso. Uma das opiniões é a do engenheiro civil e consultor Rubens Scuoppo.
"Durante e elaboração do projeto, os engenheiros calculam a estrutura da fundação, pilares, vigas e lajes. A partir disso, determinam a quantidade de aço e concreto que será usada, além de determinar o tempo que o concreto necessita para criar resistência, chamado tempo de cura. Um erro de cálculo aumenta o risco de dano e ruína na estrutura da obra. Trata-se, porém, de uma falha rara. Esses erros são facilmente detectáveis e, por isso, não costumam acontecer", afirmou.
 |
| Paulo Filgueiras / EM / DA Press - Viaduto em obra desabou dia 03/07 sobre a avenida Pedro I |
Bem, quem conhece a ponte Rio-Niterói deve ter-se perdido na imensidão do equipamento que se estende por 14 quilômetros sobre as águas da Bahia de Guanabara, na capital carioca.
Em 1969, quando começaram as obras, não existiam computadores. Os cálculos eram feitos na base do lápis e os projetos no papel vegetal não saíam de uma impressora, mas da precisão da caneta Nankin, dos engenheiros, projetistas e desenhistas.
Em 1969, quando começaram as obras, não existiam computadores. Os cálculos eram feitos na base do lápis e os projetos no papel vegetal não saíam de uma impressora, mas da precisão da caneta Nankin, dos engenheiros, projetistas e desenhistas.
Poderia citar aqui outras grandes obras feitas antes de existirem computadores e com materiais muito mais rústicos, que estão a resistir ao tempo, sem colocar as pessoas em risco.
Mas trocaram o lápis de carpinteiro por um mouse de computador, a calculadora pelo Autocad e as coisas não andam bem de lá para cá.
Prédios caem mais do que antes, pontes e viadutos desabam antes de serem concluídas e inauguradas. Há algo estranho lá fora e não resta nada além de torcer para que a próxima vítima não seja um amigo, um parente ou nós mesmos.
Prédios caem mais do que antes, pontes e viadutos desabam antes de serem concluídas e inauguradas. Há algo estranho lá fora e não resta nada além de torcer para que a próxima vítima não seja um amigo, um parente ou nós mesmos.
Comentários
Postar um comentário