Em "Pretinha", seu jorge tenta convencer a namorada deu seu amor incondicional. Fazia tudo pelo amor dos dois e a saudade doía, mas a escapulida certamente custava uma dor de cabeça ainda maior.
E por que não foi mais tarde? É que morando no distante bairro de São Gonçalo, em Niterói, não podia passar com o engarrafamento na ponte.
"Tentei ligar pra você"
"O orelhão da minha rua estava escangalhado"
"O meu cartão tava zerado, mas você crê se quiser"
Pois bem, orelhão escangalhado é o que mais se vê por aí, seja em cidade pequena, média, grande, turística ou comercial. Parece que as operadoras gostam mesmo da mania do brasileiro em ostentar o que não tem.
É mais moderno, fino e elegante, pregar um telefone celular na orelha para falar com o pai, com a mãe, com a namorada ou com o papagaio, ainda que, para isso se pague uma fortuna por minuto. Por trás das campanhas de adesão a planos para "falar de graça" com números da mesma operadora, companhias têm feito grandes negócios.
Telefonar de um econômico orelhão, cujo minuto de ligação custa centavos? De jeito nenhum. "Que fiquem escangalhados. Prefiro deixar minha operadora mais rica ao usar o celular para ligar".
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