Norma obriga compra de galão para combustível

Dia desses precisei remover partes móveis e lubrificadas de minha bicicleta que
apresentavam mau funcionamento. Impregnadas com areia micro fina misturada a lubrificante cerâmico, peças do câmbio estavam em estado precário e prestes a emperrar. Com isso, acabei por descobrir mais uma safadeza, arquitetada para roubar o dinheiro do povo. Roubar, isso mesmo. E vão entender por que. 

Tentei remover a sujeira com água e detergente de cozinha, mas nada. A crosta de graxa não saía nem esfregando com escovas. A alternativa era levar a bicicleta em uma oficina especializada e pagar até R$ 200 por uma revisão. 

Vou ao depósito debaixo da pia e descubro que entre os produtos de limpeza não havia mais óleo diesel, o mais indicado para limpar peças móveis com graxa, uma vez que o querosene e a gasolina ressecam.

Passo no posto e lá vem o golpe. Agora, só podem vender combustível no varejo se for em um galão aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), com capacidade para cinco litros e que custa entre R$ 10 e R$ 20. 

Isso vale tanto para quem deixa o carro acabar o combustível em via pública (infração de trânsito e dá multa), quanto para quem precisa de uma pequena quantidade para fazer algum serviço, como no meu caso, limpar graxa.

É que está em vigor a resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) nº. 41/13 que obrigam o uso dessas embalagens. E mais. Os recipientes são lacrados e não podem ser reaproveitados. 

O consumidor precisa comprar nova unidade a cada necessidade. Uma medida absurda, sem cabimento. Sou do tempo em que garrafa pet era usada para transportar até ácido, sem ocorrência de acidentes. 

O posto que vender combustível em outro tipo de embalagem fica sujeito a multas que variam de R$ 20 mil a R$ 1 milhão.  Se está ruim para quem precisa fazer limpeza, apenas, imagina para quem precisa abastecer o carro de forma emergencial? Será que o galão funciona? Veja no vídeo, abaixo, o que diz um cidadão a respeito dessa safadeza:







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