Somos o resultado do que fazemos

Neste Dia da Independência, em que o Brasil se apresenta mais dividido que nunca antes na história, com chagas remanescente de disputas eleitorais do passado, vale lembrar o filósofo francês, Ambroise-Paul-Toussaint-Jules Valéry: "Nenhuma nação gosta de considerar os seus infortúnios como seus filhos legítimos".

O fato é que somos o resultado do que fazemos. O sujeito que em um momento grita contra a corrupção na avenida Roberto Burle Marx é o mesmo que, minutos depois, aparece tomando uma cerveja em lata no Parque Ipanema e monitorando um grupo de trânsito no whatsapp para saber onde havia blitz de trânsito.

É incrível como uma pessoa tem dinheiro para comprar um carro que custa mais de R$ 100 mil e não tem conhecimento que, ao lado do volante tem uma alavanca que aciona uma luz de seta, com indicação do lado em que quer convergir em uma avenida.

Em outro caso, um cidadão vê no asfalto uma vítima de acidente no trânsito, quase inconsciente, vai lá no bolso dela, pega um telefone celular de última geração e rouba o equipamento.

Então, é isso. Somos um povo corrupto, que grita contra os desmandos do poder, mas não perde a oportunidade para tirar proveito, de arrumar um "jeitinho" ou pedir de volta a retribuição de um "favorzinho" feito a um amigo ano passado. Somos o resultado do que fazemos.

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