Recebo pelo email
correspondência de um advogado sobre notícia publicada acerca da onda de
homicídios em Coronel Fabriciano, em 2015.
Abaixo, estão as observações do amigo acerca da publicação indicando que a cidade fechou 2015 com 48 crimes violentos contra a vida, amargando um crescimento de 4,4% nos casos, em relação a 2014.
Abaixo, estão as observações do amigo acerca da publicação indicando que a cidade fechou 2015 com 48 crimes violentos contra a vida, amargando um crescimento de 4,4% nos casos, em relação a 2014.
Fiz um convite
para que o nobre causídico transformasse as observações em um artigo para a
página dois (opinião).
O profissional do direito, entretanto, prefere não assinar o artigo, visto que milita no direito criminal e, nessas barrancas dos rios Doce e Piracicaba, expor opinião costuma ser perigoso.
Sem assinatura, o material não poderá ser aproveitado no veículo de comunicação em que trabalho, o Diário do Aço. Entretanto, seguem as observações.
O profissional do direito, entretanto, prefere não assinar o artigo, visto que milita no direito criminal e, nessas barrancas dos rios Doce e Piracicaba, expor opinião costuma ser perigoso.
Sem assinatura, o material não poderá ser aproveitado no veículo de comunicação em que trabalho, o Diário do Aço. Entretanto, seguem as observações.
A cidade de
Coronel Fabriciano tem uma Polícia Civil (verdadeira responsável pelas
investigações) totalmente desestruturada, faltam delegados, investigadores
escrivães e outros recursos importantes, A Delegacia de Homicídios somente
agora recente recebeu um delegado titular, A PM está igualmente caquética.
Muitos políticos
apregoaram em praça pública a ideia que a abertura de um batalhão iria resolver
o problema. Para mim, só aumentaram os gastos com os oficiais e burocracia que
um quartel nivelado a batalhão exige. A saída seria uma companhia especial de
polícia. Isso sim, seria eficiente e menos oneroso.
Cadê as Patrulhas
de Homicídio e GEPAR? Fabriciano não tem nem Juiz titular da Vara da Infância e
Juventude. A prefeitura não investe na recuperação de ambientes tomados pelos
criminosos. Faltam vagas para internar adolescentes infratores que crescem na
Pedreira, Morro do Carmo, Padre Rocha, São Domingos e Santa Cruz.
Os clubes de
serviço só sabem promover jantares festivos para homenagens. Os religiosos
limitam-se a cobrar o seu dízimo e falar, falar e falar. Seriam essas
instituições responsáveis pela mobilização e pressão sobre autoridades em busca
de sápidas.
Neste contexto,
não me espanta que Fabriciano lidere a lista de homicídios. Faltou a reportagem
dizer que, no Brasil em 2015 o índice de homicídios foi de 29 pessoas para cada
grupo de 100 mil habitantes do País. Em Coronel Fabriciano, pelo número
apresentado pelo jornal, esse índice é quase o dobro: 41. Para comparação, no
mundo a taxa é de 6,2, conforme dados do Observatório de Homicídios.
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