Acordei nesta
quinta-feira com esse cartun, na minha timeline, compartilhada pelo amigo
jornalista timoteense Hermes Quintão e outras 6,5 mil pessoas.
O Lúcio Cartunista alerta sobre o despertar de um bicho que hiberna por longo, longo
tempo, e sai para comer votos entre os meses de junho e outubro. Alguns já
bateram à minha soleira, querendo alimento-voto.
A leitora Olga
Paim acrescentou ao alerta do Lúcio a seguinte mensagem: "Daqui a dois
anos acaba a hibernação dos deputados, que são piores ainda porque, além de
ganharem um absurdo, também não fazem nada". Preparem as armadilhas das
urnas.
Essa semana, em
um voo entre o aeroporto do Vale do Aço e Confins, em Belo Horizonte, fiquei
pasmado ao descobrir que um senhor sentado à minha frente e do qual a
comissária de bordo teve que chamar a atenção reiteradas vezes para que
colocasse o cinto de segurança, era um nobre parlamentar. O sujeito não
respeita nem norma de voo, imagina se vai respeitar o eleitor?
E a deixar de
lado essa zombaria ácida, faço parte da corrente de pensamento que defende a
proposta de acabar com esse modelo de representatividade em vigor no país. Ele
é anacrônico.
O país não
precisa desse circo, que existe nos municípios, repete-se nas assembleias
legislativas de cada estado e termina no Congresso Nacional, formado pela
Câmara dos Deputados e Senado.
E se a democracia representativa é cara e não funciona, que venha a democracia participativa, sem pagamentos milionários. Na prática, a remuneração dos "representantes do povo" sob o argumento de lhes dar independência não funcionou. Eles querem mais e mais e acabam por chafurdar no infindável mar de lama da corrupção, da propina e do tráfico de influências, como nos tem demonstrando esse capítulo triste da história brasileira.
E se a democracia representativa é cara e não funciona, que venha a democracia participativa, sem pagamentos milionários. Na prática, a remuneração dos "representantes do povo" sob o argumento de lhes dar independência não funcionou. Eles querem mais e mais e acabam por chafurdar no infindável mar de lama da corrupção, da propina e do tráfico de influências, como nos tem demonstrando esse capítulo triste da história brasileira.
Portanto, o modelo de
gestão "republicana" do Estado virou uma asneira paquidérmica. É
preciso mais do que uma cirurgia bariátrica para cortar sua fome interminável
de dinheiro público.
As pessoas que
trabalham e produzem no país não suportam mais arcar com o peso da conta que se
paga para encher a pança (ou conta no exterior) de tanta gente improdutiva.
Como pode uma
cidade como Ipatinga (só para exemplificar), gastar com o Poder Legislativo um
orçamento superior ao orçamento da maioria das cidades do Colar Metropolitano
do Vale do Aço?
Pode uma cidade
com população estimada em 250 mil habitantes ter 19 representantes que atuam em
uma máquina de cerca de R$ 20 milhões anuais, enquanto uma cidade como Dionísio,
com cerca de 10 mil vidas, possuir um orçamento anual menor que R$ 19 milhões?
Não pode, mas é o que o ordenamento legal estabelece para o Brasil. Pare esse
mundo que eu quero desembarcar.
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