Democracia não combina com estupidez


O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa reza que “estupidez” é um substantivo feminino. 1. Defeito da pessoa estúpida. E qual o conceito de “estúpido”?.  Vamos à significação:

Estúpido, adjetivo  (do latim stupidus - espantado, pasmado, imbecil)
1.       1. que não tem ou não desperta interesse
2. Que é demasiado- descomedido, exagerado, excessivo
3. Que não tem razão de ser; que não faz sentido = absurdo, disparatado
4. Quem tem grande dificuldade em compreender, julgar ou discernir por falta de inteligência. Alarve, estulto, imbecil, néscio, parvo, tolo, a quem falta inteligência
5. Quem é muito desagradável, incivilizado ou grosseiro

A lista de predicados é maior, mas paremos por aqui. Fixemos no item 4. Preocupa-me nesse momento o surto de estupidez que atinge até mesmo pessoas supostamente esclarecidas, que estão compartilhando em suas páginas as tais fake news. São abordagens irreais sobre economia, lei penal, direito previdenciário, direitos da pessoa humana, idosos e, principalmente política, entre outros.  

Onde essa gente, dentre ela, muitas pessoas que se auto intitulam “pessoas do bem”, enfiaram o  discernimento, a inteligência e a razão sobre tais temas?. Cegos por uma tendência partidária ou outras estão passando vergonha e não se dão conta disso. E  parecem não se importar com isso.

E o surto é grave, ao ponto de não aceitarem o remédio da verdade quando alertadas sobre o equívoco. Decidi escrever sobre esse tema porque, nesse começo de semana, vivi dois casos desses e, sinceramente, estou assustado com o resultado que essa manobra da massa pode nos trazer.

Democracia não combina com a estupidez porque requer o reconhecimento do direito do outro. Se não há esse reconhecimento, não há cidadania, não há respeito ao que o outro escolheu ser. 

Por fim, o consolo com quem já pensou mais sobre o tema: “A estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência. A inteligência tem seus limites, a estupidez não”, frase atribuída ao cineasta francês, Claude Chabrol.

Comentários

  1. Humberto Eco já falou acerca desse inferno: Segue texto publicado em 2015:

    "Crítico do papel das novas tecnologias no processo de disseminação de informação, o escritor e filósofo italiano Umberto Eco afirmou que as redes sociais dão o direito à palavra a uma "legião de imbecis" que antes falavam apenas "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade". A declaração foi dada em evento em que ele recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, norte da Itália.
    "Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel", disse o intelectual. Segundo Eco, a TV já havia colocado o "idiota da aldeia" em um patamar no qual ele se sentia superior. "O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade", acrescentou.

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