O estado de felicidade

“A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos”. Essa frase atribuída ao filósofo alemão do século XIX, Arthur Schopenhauer, pode ilustrar bem uma realidade que encontramos sempre por onde vamos. As pessoas acreditam que para ser feliz é preciso ter dinheiro. Seria isso uma verdade?  

  A felicidade é uma escolha e isso explica porque algumas
pessoas encontram a felicidade no ato de contemplar a natureza

Na prática, a felicidade é uma questão de escolha. É uma atitude. Não se compra felicidade. Não aquela duradoura, que precisamos de segunda a segunda, quando acordamos. A felicidade efêmera, gerada por algo que se compra caro não dá sustância à alma. 

Recentemente o áudio de um procurador de Justiça do Estado de Minas Gerais, reclamando de seus proventos, de R$ 24 mil mensais chamou a atenção de muitas pessoas. “Ah, seu eu tivesse R$ 24 mil por mês, nem sei o que faria”, afirmou um amigo. 

Mas o fato inexorável é que um ganho mensal de R$ 24 mil pode não trazer felicidade para uma pessoa que não saiba administrar essa quantia, da mesma forma que alguém pode muito bem ser feliz com um ganho mensal de R$ 4 mil. 

E nesse fim de semana um amigo enviou uma imagem, com uma explicação desenhada para isso que acabo de afirmar.  É uma pena que muitas pessoas passem muitos anos de sua vida quebrando a cabeça em busca de algo e, com isso, fique sempre numa linha de risco, exposto aos imprevistos e, com isso, destrua sua felicidade. 

Aprendi com a dureza do passar dos anos a importância do autoconhecimento, planejamento e hierarquização das coisas na vida. Posso dizer sem medo de parecer pretensioso que é possível concretizar os sonhos, atender a todas as necessidades, independentemente do salário que entra no fim do mês. Mas isso requer disciplina, força de vontade e organização. 

Por fim, é preciso praticar o desapego. Pode ser que um bem sem uso no canto do seu armário esteja na lista de vontades de alguém, em algum lugar.