Hoje, decisivamente, chegou o 12º nível da primeira fase da
Pandemia 2020. Não queira saber o que será a fase II, ainda, porque ela dista
31 dias até lá.
Mas se você chegou vivo até aqui, comemore, porque 172.848 brasileiros não tiveram a mesma chance. Se você chegou vivo e empregado, comemore em dobro, porque o IBGE estima que cerca de 4,1 milhões de pessoas perderam o emprego desde maio de 2020.
E se você chegou vivo, empregado e sem pegar o coronavírus SARS CoV 2, continue a cuidar de quem você ama, de quem está perto de você, mantenha os procedimentos sanitários e de distanciamento social.
A pandemia veio nos comprovar várias faces da humanidade. Primeiro, que sofre muito o povo que fica sem um líder integral, aquele une em vez de dividir o seu povo, num momento como esse.
Depois comprovou que a imbecilidade não tem limites. Quando pensávamos que o negacionismo se resumia a uma idiotice de terra plana e outras contestações da ciência, do conhecimento, eis que surgem aqueles que sobem sobre os cadáveres da pandemia para negar que a doença exista.
Não satisfeitos, negam a existência da pandemia e agora
negam também a seriedade das vacinas pesquisadas em todo o globo.
Vi de perto a situação de inúmeras dessas pessoas que nunca conseguiram receber nenhum recurso emergencial do governo (e foram vários), porque nem sequer tinham capacidade para preencher formulários com dados pessoais. Ajudei a alguns aqui e acolá, com orientações, mas foi um trabalho de gota d’água em incêndio. Na outra face perversa dessa gente tivemos os que não precisavam e sacaram o benefício destinado aos pobres.
No decorrer desse ano foi muito comum ouvir a frase “acaba logo 2020”. Um equívoco ridículo. Já pararam para pensar que estamos a caminho de 2021 (a fase II do jogo) com os mesmo problemas de 2020, sem solução? Cadê o fim da contaminação? Cadê a vacina? Onde está a consciência do povo para enfrentar a pandemia? Cadê o líder para unir as pessoas em prol de um enfrentamento racional da crise?
Sem nada disso se confirmar caminhamos para a segunda fase sem saber quem de nós estará vivo ao fim de janeiro.
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