Não é com o descompasso que se afina a música

Eu respeito toda e qualquer homenagem. Amo a mulher com quem sou casado há 30 anos. Não fosse isso já teria mentido o pé no mundo. Respeito as mulheres com quem trabalhei e trabalho. Respeito as mulheres com quem convivo no dia a dia. Esse respeito não está relacionado a gênero, antes disso, está relacionado à condição humana.

Mas observo, preocupado, determinados “ismos”. Nenhum “ismo” que conheço, presta. RadicalISMO só leva a desentendimentos. Quando se pensa num relacionamento a dois, um cede, outro ganha. A linha do equilíbrio é sempre tênue. É sempre assim a cada momento ao longo de uma vida.

Eu não concordo com a velha política do “nós contra eles”.  Abomino esse tom de “mulheres contra homens” nessa data. Homens machucam, mulheres também. Não é assim, em descompasso, que a banda toca. Não é com o descompasso que se afina a música. Homens e mulheres se completam. Um precisa do outro.

A simbiose é uma troca, a natureza nos ensia muito sobre um ceder e ganhar com isso e o outro também ceder e igualmente ganhar, a linha do equilíbrio é tênue e nao é fácil de se alcançar

Na prática, os dois lados são cobrados, pela família, pela sociedade. Os dois lados têm sua porção lobo. Às vezes a mulher é a fera. Às vezes o homem é que aparece em seu “estado de natureza”. Lembram-se de Tomas Hobbes? “homo homini lúpus”.

A cobrança sobre o homem é até maior. A diferença é visível e tenho certeza que em cada família tem um exemplo assim. Observe bem a realidade dos fatos. 

Um homem depois dos 18 anos, que ficar em casa dos pais enfrentará todo desdém do mundo. De amigos a inimigos pedradas virão de todos os lados. 

Agora, será que o mesmo ocorre se a jovem mulher ficar em casa dos pais depois dos 18? Com essa indagação encerro meu colóquio e abro para eventual discussão.

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