Do nada, da praia ao hospital

Quando encerrei minhas férias de 15 dias na prosaica Santa Cruz Cabrália, no Sul da Bahia, dia 1 de julho, editei um pequeno vídeo para meus perfis nas mídias sociais e escolhi a música “Essa vida me encanta”,  interpretada por Montserat Alay, como o som de fundo.

Essa música fala da valorização dos momentos que podemos nos proporcionar: “Eu tenho o que quero e luto pelo que preciso”. Logo depois cita: “hoje tenho recursos,  amanhã posso estar morto”.  

Isso faz um sentido especial para mim hoje. Em uma semana estava acampado na companhia de Andreia, que me acompanha nessa jornada da vida há 32 anos, à beira do Atlântico na Praia de Mutari (Cabrália) e, na semana seguinte, fui parar num hospital com uma inflamação no apêndice, e dai a uma cirurgia e um leito de hospital por três dias. O diagnóstico apontou que se tratava de uma anomalia  antiga, que se agravara de uma hora para outra.

Coube à equipe do cirurgião, dr. Moarley Pereira, a tarefa de me trazer de volta à consciência depois do procedimento cirúrgico para remover o apêndice, cuja inflamação me inflingiu dores abomináveis, náuseas e tremendo mal-estar.

Recebi alta neste sábado (6/7) e estou em recuperação,  agora em casa. Ainda arde a lembrança de Andreia deitada no reduzido espaço do acompanhante, ao meu lado, para que não ficasse sozinho no hospital. Essa é a primeira vez na vida que pernoito em um nosocômio. Fora o atendimento profissional, firme, mas também humanizado das auxiliares e enfermeiras, não desejo o ambiente nem sequer para eventuais imimigos.

Nunca antes fez tanto sentido, para mim, uma frase em uma estrofe de  uma música,  já citada neste artigo. É válido aproveitar o encantamento da vida, enquanto a temos, sem nos esquecermos de sua fragilidade. “Hoje tenho recursos,  amanhã posso estar morto”.

A cada dia, quando olharmos o horizonte, que nos lembremos que o melhor dia pode ser hoje. Então, toque “Refletir”, de Marcelo Falcão: “Melhor dia deve ser hoje, o destino muda a vida e não sabemos sobre o amanhã”.

Comentários

  1. Seu histórico na prática do esporte irá te ajudar bastante na sua recuperação amigo! Melhoras e a resenha na caminhada no parque Ipanema vai prolongar ! Abrs!

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  2. Que texto fantástico,.as de muita dor em Sr. Alex. Eu tinha até enviado seu POST vídeo p a Marilélia er suas aventuras,a qual ela o elogiou muito . Eu já passei por essas dores também há uns anos atrás tendo que fazer essa cirurgia. E nosso amigo João Senna conseguiu uma vaga de urgência no HMC naquela ocasião. Foi muito sofrimento também. Melhoras aí meu amigo. Abraço.ha! E que em breve creio que estará de volta as atividades normais p nos mostrar as belezas desse nosso mundo.

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    1. Eu me lembro bem do seu caso, Wôlmer. Não é fácil. Que situação!!

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  3. Meu irmão teve isso e quase morreu em 2015. Eu passei a ter medo de apendicite. Para meu desespero eu também tive em 2021, plena pandemia. Sofri demais com esse trem . Boa recuperação, amigo. Marcos.

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    1. Todos estão sujeitos a isso, Marcos. Lá no hospital fui descobrir que apendicite não escolhe idade. Tinha pacientes bem jovens com essa inflamação. O dificil é descobrir como ela vai chegar e quando.

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  4. O que fica dessa experiência não muito boa é que a vida tem que ser desfrutada sempre que possível e da melhor forma...o amanhã é uma incógnita!!Estamos juntos nessa viagem pela vida , seja ela boa ou ruim.Andreia Klem

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